A cultivar difundida em todo o Rio Grande do Sul e em Santa Catarina sob a denominação `Goethe` ou alguma das sinonímias acima é, na verdade, uma cultivar de Vitis labrusca ainda não identificada, diferente da `Goethe`. Registros históricos dão conta que esta cultivar era plantada em várias regiões do Estado já nas décadas de 1920 e de 1930. Possivelmente, foi aqui introduzida juntamente com outras uvas americanas, como `Isabel` e `Concord`, na segunda metade do século XIX. Atualmente, as maiores concentrações de vinhedos desta cultivar estão nos municípios de Jaguari, onde origina um vinho típico regional, e de Farroupilha, onde também é utilizada para a elaboração de vinho característico. É uma cultivar muito rústica, resistente a doenças fúngicas e, normalmente, plantada de pé-franco. Também tem sido usada, em pequena escala, como porta-enxerto. Caracteriza-se pelo alto vigor, cachos pequenos soltos, bagas esféricas, rosadas, película espessa. As bagas, quando maduras, desprendem-se facilmente do engaço. Origina vinho branco intensa e tipicamente aromático, muito apreciado por alguns, detestado por outros. A verdadeira `Goethe` é cultivada em pequena escala, tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina, com o nome `Martha`.